Mia Couto, pseudónimo de António Emílio Leite Couto (Beira, 5 de Julho de 1955), é um biólogo e escritor moçambicano.
Além de considerado um dos escritores mais importantes de Moçambique, é o escritor moçambicano mais traduzido. Em muitas das suas obras, Mia Couto tenta recriar a língua portuguesa com uma influência moçambicana, utilizando o léxico de várias regiões do país e produzindo um novo modelo de narrativa africana. Terra Sonâmbula, o seu primeiro romance, publicado em 1992, ganhou o Prémio Nacional de Ficção da Associação dos Escritores Moçambicanos em 1995 e foi considerado um dos dez melhores livros africanos do século XX por um júri criado pela Feira do Livro do Zimbabué.
CONTOS
Vozes Anoitecidas (1986)
Contos do Nascer da Terra (2002)
Estórias Abensonhadas (2003)
Na Berma de Nenhuma Estrada (2003)
O Fio das Missangas (2004)
Cada Homem é uma Raça (2005)
POESIA
Estreou-se no prelo com um livro de poesia, Raiz de Orvalho, publicado em 1983.
Foi, no entanto, antologiado por Orlando Mendes, em 1980, numa edição do Instituto Nacional do Livro e do Disco, resultante duma palestra na Organização Nacional dos Jornalistas (actual Sindicato), intitulada Sobre Literatura Moçambicana.
Em 1999, a Editorial Caminho relançou Raiz de Orvalho e outros poemas (3ª edição em 2001). A mesma editora lançou, em 2011, o seu segundo livro de poesia, Tradutor de Chuvas.
CRÓNICAS
Cronicando (1988)
O País do Queixa Andar (2003)
Pensatempos. Textos de Opinião (2005)
E se Obama fosse Africano? e Outras Interinvenções (2009)
ROMANCE
Terra Sonâmbula (1992)
A Varanda do Frangipani (1996)
Mar Me Quer (1998)
Vinte e Zinco (1999)
O Último Voo do Flamingo (2000)
O Gato e o Escuro, com ilustrações de Danuta Wojciechowska (2001)
A Chuva Pasmada (2004)
O Outro Pé da Sereia (2006)
O beijo da palavrinha, com ilustrações de Malangatana (2006)
Venenos de Deus, Remédios do Diabo (2008)
Jesusalém (2009)
A Confissão da Leoa (2012)
FÁTIMA MARINHO
Conferência sobre Guimarães Rosa :: 4.06.14
Maria de Fátima Marinho nasceu no Porto em 1954. Licenciou-se em Filologia Românica (1976) e doutorou-se em 1987, com uma tese sobre o Surrealismo em Portugal. É Professora Catedrática e Diretora da Faculdade de Letras da Universidade do Porto, onde leciona Literatura Portuguesa dos séculos XIX a XXI desde 1976. Nos últimos anos, tem-se especializado no estudo do romance histórico português nos séculos XIX e XX.
1. Herberto Helder, a Obra e o Homem, Lisboa, Arcádia, 1982, 263 pp.
2. O Surrealismo em Portugal, Lisboa, Imprensa Nacional-Casa da Moeda, Col. Temas Portugueses, 1987, 739 pp.
3. A Poesia Portuguesa nos meados do Século XX - Rupturas e Continuidade, Lisbon, Caminho, Col. Estudos de Literatura Portuguesa, 1989, 265 pp.
4. O Romance Histórico em Portugal, Porto, Campo das Letras, 1999, 349 pp.
5. Prefácio e Edição de Carlos Malheiro Dias, Os Teles de Albergaria, Porto, Campo das Letras, 1999.
6. Prefácio e Edição de Carlos Malheiro Dias, Filho das Ervas, Porto, Campo das Letras, 1999
7. História da Literatura Portuguesa – As Correntes Contemporâneas. Vol. 7 (com Óscar Lopes), Lisboa, Alfa, 2002. Além da direção, é autora dos seguintes capítulo: «Introdução», «Vitorino Nemésio – Poesia», «José Rodrigues Miguéis», «Surrealismo», «Távola Redonda e Continuidades» e «Conclusão», pp.9-10, 101-108, 129-134, 269-291, 293-302 e 585-586.
8. Um Poço sem Fundo – Novas Reflexões sobre Literatura e História, Porto, Campo das Letras, 2005, 453 pp.
9. «Teolinda Gersão: uma Escrita Cintilante», in Teolinda Gersão – Retratos Provisórios, Lisboa, Roma Editora, 2006, pp.119-180.
10. O Sonho de Aljubarrota, Aljubarrota, Fundação Batalha de Aljubarrota, 2007 - History and Myth – The Presence of National Myths in Portuguese Literature, München, Martin Meidenbauer Verlagsbuchhandlung, 2008, 343 pp.
11. A Lição de Blimunda – A propósito de Memorial do Convento, Colecção Saberes Plurais, Porto, Areal Editores, 2009, 126 pp.
12. Posfácio a Guilherme Centazzi, O Estudante de Coimbra, fixação de texto e notas de Pedro Almeida Vieira, Lisboa, Planeta, 2012, pp. 285-317.
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GUIMARÃES ROSA
João Guimarães Rosa (1908 — 1967) foi um dos mais importantes escritores brasileiros de todos os tempos. Foi também médico e diplomata.
Magma (1936)
Sagarana (1946)
Com o Vaqueiro Mariano (1947)
Corpo de Baile (1956)
Grande Sertão: Veredas (1956)
Primeiras Estórias (1962)
Campo Geral (1964)
Noites do Sertão (1965)
Tutaméia – Terceiras Estórias (1967)
Estas Estórias (póstumo, 1969)
Ave, Palavra (póstumo, 1970)
Antes das Primeiras Estórias (póstumo, 2011)
FERNANDO LEÃO
Conferência sobre Patativa do Assaré :: 4.06.14
É ator, diretor de teatro e arte-educador. Tem formação em Artes Cênicas e é professor de Iniciação à Estética e História do Teatro no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Ceará (IFCE). Membro da coordenação do projeto ‘Caravana Arte e Cultura na Reforma Agrária’, envolvendo alunos da licenciatura em teatro e jovens de assentamentos rurais no nordeste do Brasil. Entre 2011 e 2013, atuou como Consultor na área de arte-educação da Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura (UNESCO), realizando atividades na Universidade da Integração Internacional da Lusofonia Afro-Brasileira (UNILAB), onde ocupou o cargo de Coordenador de Arte e Cultura. Tem se dedicado a pesquisar os “Movimentos teatrais em países de língua portuguesa” e o “Teatro Negro no Brasil”, e tem apresentado seminários e oficinas em instituições e eventos internacionais como o Instituto Internacional de Língua Portuguesa (IILP), na Ilha de Santiago/Cabo Verde; Festival Internacional de Teatro do Mindelo – MINDELACT, na Ilha de São Vicente/Cabo Verde; Festival Internacional de Teatro Lusófono – FESTLUSO, em Teresina/Brasil; Bienal Internacional do Livro do Ceará, em Fortaleza/Brasil; e agora, em Portugal, a Convite do Festival Internacional de Teatro de Expressão Ibérica - FITEI.
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PATATIVA DO ASSARÉ
Antônio Gonçalves da Silva, mais conhecido como Patativa do Assaré (1909 — 2002), foi um poeta popular, compositor, cantor e improvisador brasileiro.
Inspiração Nordestina: Cantos do Patativa (1967);
Cante Lá que Eu Canto Cá (1978);
Ispinho e Fulô (1988);
Balceiro. Patativa e Outros Poetas de Assaré (Org. com Geraldo Gonçalves de Alencar, 1991);
Cordéis (1993);
Aqui Tem Coisa (1994);
Biblioteca de Cordel: Patativa do Assaré (Org. Sylvie Debs) (2000);
Digo e Não Peço Segredo (Org. Guirlanda de Castro e Danielli de Bernardi, 2001);
Balceiro 2. Patativa e Outros Poetas de Assaré (Org. Geraldo Gonçalves de Alencar, 2001);
Ao pé da mesa (co-autoria com Geraldo Gonçalves de Alencar, 2001);
Antologia Poética (Org. Gilmar de Carvalho, 2002);
Cordéis e Outros Poemas (Org. Gilmar de Carvalho, 2008)
JOANA MATOS FRIAS
Apresentação de Orfeu Negro :: 4.06.14
Joana Matos Frias, n. 1973, professora auxiliar na Faculdade de Letras da Universidade do Porto, membro da Direção do Instituto de Literatura Comparada Margarida Losa e investigadora da rede internacional LyraCompoetics (http://www.lyracompoetics.org). Aos 5 anos ouvia as histórias de Manuel António Pina com paixão, aos 6 lia a obra completa de Enid Blyton em voz alta com paixão, aos 11 tinha paixão por Alice Vieira, aos 13 dividia a paixão pela Ilse Losa de O Mundo em que Vivi e por todos os Livros do Brasil que apanhava. A primeira de muitas chamas na poesia foi Eugénio de Andrade; a última, Fiama Hasse Pais Brandão, um incêndio. Aos 17 anos, uma paixão avassaladora pelo Vergílio Ferreira deEm Nome da Terra alterou-lhe definitivamente a existência, no que foi o início de uma relação profunda que dura até hoje. Aos 18 anos, Clarice Lispector veio redimensionar este espaço afetivo com a sua Paixão. Foi a primeira troca de olhares de uma cumplicidade que também se estende até hoje com o mesmo fulgor, e que esteve na origem de uma lindíssima história de amor com toda a literatura brasileira moderna e contemporânea, e de paixões muitas: por Machado e Guimarães Rosa, por Drummond e João Cabral, por Cecília e Ana Cristina. O resto é geografia e cultura: a pintura de Tarsila, a música de Vinicius, a música de Caetano, bossa nova e MPB, Glauber Rocha e a Avenida Atlântica.
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ORFEU NEGRO (1959), DE MARCEL CAMUS