5.05.12 | 15:41
TINHA PAIXÃO? - LITERATURAS BRASILEIRA E AFRICANA : FLORES MAÇÃS
TINHA PAIXÃO? - LITERATURAS BRASILEIRA E AFRICANA : FLORES MAÇÃS
PAULO CÉSAR ANJINHO E MARCOS MESQUITA DAMASCENO
por Patrícia Lino
por Patrícia Lino
Há tempos atrás contactei pela primeira vez com o trabalho do músico brasileiro Luiz Gabriel Lopes, via canal Clube da Palavra, e, em conversas com a poeta Júlia Hansen - quem me aprofundou nas andanças dos espantosos Graveola -, decidi convidá-lo para tocar numa das sessões do colóquio Tinha Paixão? - Literaturas Brasileira e Africana. Sabendo infelizmente que o Luiz não estaria em Portugal entre abril e maio, propus-lhe que tocasse virtualmente um tema seu. O Luiz assim o fez, ao gravar «A mão e a roseira», que, além de adequada ao espírito da distância, foi também composta pelo músico Paulo César Anjinho.
No passado dia 26 de abril, já no fim da nossa sessão de cinema, tive o prazer de conhecer o Marcos Mesquita Damasceno que, além de ser amigo do Luiz Gabriel e também natural de Minas Gerais, me disse que o próprio Paulo César Anjinho estava em Portugal. O Marcos trazia nas mãos o seu violão e, quase sem pensar - confessando agora que havia já escutado vários temas do Anjinho -, convidei-os para se juntarem a nós no dia 14 de maio, nos Maus Hábitos. Ambos aceitaram e, numa troca muito feliz de oportunidades, vão tocar para nós alguns dos seus trabalhos e um ou outro tema mais conhecido da música brasileira.
PAULO CÉSAR ANJINHO
Maçãs Pelo Vento
Paulo César Anjnho e Convidados

Paulo César Anjinho é integrante da nova geração de compositores
brasileiros, de Minas Gerais. Está desde dezembro de 2011 na Europa
quando realizou uma turnê com a compositora e instrumentista Luiza
Brina, no qual tocaram em paises como a Alemanha, Holanda, França,
Espanha e Portugal. Conhecido pela qualidade do repertório
próprio, Anjinho foi compositor, arranjador, instrumentista e diretor
musical do seu primeiro disco, “Flores Maçãs”, lançado em junho de 2011
. O projeto foi a base de um trabalho coletivo e cooperativo entre
bandas, músicos, poetas e desenhistas. Gravado em estúdio coletivo,
contou com a participação de vários intérpretes da nova cena mineira,
além de as composições do disco terem sido feitas também, em sua
maioria, através de parcerias.
MARCOS MESQUITA DAMASCENO
Marcos Mesquita Damasceno tem encéfalo altamente desenvolvido e polegar opositor, o que além de lhe permitir o movimento de pinça, lhe permite ser classificado como um ser humano. É também brasileiro, isto por ter nascido em um ponto específico do planeta Terra a que por configurações históricas se convencionou chamar Brasil. Ser humano e brasileiro o distingue de muitos outros seres, humanos e não-humanos, e faz com que tenha paixões especificamente ligadas ao sentimento que os humanos convencionam chamar de patrióticos. Paixões que se manifestam no seu corpo, quando como, por exemplo, sente seus pêlos se eriçarem ao ouvir Nana cantar uma canção de Caetano ou quando não consegue dormir de tanto que seu peito bate ao ler Clarice de noite.